Veja como construir uma parceria minimizando os riscos.

Por muito tempo, o empresário brasileiro enxergou seu concorrente como inimigo, alguém que apresentava riscos à sobrevivência do seu negócio. Mas as coisas começaram a mudar quando as organizações se viram diante de marcos de avanços tecnológicos, práticas gerenciais profissionalizadas e amadurecimento do comportamento dos consumidores – que pesquisam e têm mais informações de compra. Estar sozinho passou a ser sinônimo de ficar para trás.

Para driblar os desafios de mercado, as alianças estratégicas se tornaram opção para quem precisa lidar com limitações de recursos, mão de obra e infraestrutura em suas operações. Frequentes entre grandes companhias, acordos colaborativos ocorrem cada vez mais entre micro, pequenas e médias. Podem ser por joint ventures, em que cada negócio mantém sua própria identidade, fusões societárias ou até criação de uma terceira empresa.

Os benefícios imediatos incluem maior poder de negociação com fornecedores e visibilidade. Com o tempo, a colaboração auxilia no crescimento do número de clientes e no desenvolvimento de produtos e serviços. No longo prazo, ajuda a tornar a reputação mais sólida e proporcionar mais sustentabilidade financeira.

No entanto, há ameaças que devem ser consideradas. Veja como construir uma, minimizando os riscos.

Em busca de uma aliança
Na procura por parcerias para alavancar seu negócio, a dica é não se limitar a pesquisas na internet. A prospecção pode ser feita em rodadas de negócios, feiras e congressos do seu segmento.

Vale também examinar o que as empresas de outras áreas estão fazendo. É possível identificar algo que esteja funcionando em outro mercado e implementar no seu para se destacar dos concorrentes. 

Não é regra identificar apenas parceiros que sejam do mesmo tamanho. Hoje, há um movimento de grandes empresas interessadas nas soluções oferecidas pelas pequenas.

Por outro lado, é importante prestar atenção a relações assimétricas. Apesar de o parceiro maior ter poder de barganha, é preciso se posicionar para não viver uma espécie de sujeição no seu próprio negócio.

Coloque as cartas na mesa
Identificado o parceiro em potencial, aborde-o com cordialidade e faça o convite para uma reunião. Caso tenha dificuldades em dar esse passo, conte com a ajuda de entidades associativas que realizam a intermediação de oportunidades de parcerias. O ideal é que os empreendedores se encontrem presencialmente.

Ao apresentar a proposta, mostre qual é o seu modelo de negócio, o que as duas empresas têm em comum e como elas podem se fortalecer. É importante determinar quais serão os benefícios a serem conquistados com a união de forças. Às vezes, os ganhos não são os mesmos, o que não é um problema. Pode ser que para um lado o mais importante seja captar clientes, enquanto para o outro signifique conquistar melhores condições de negociação com fornecedores.

Jogo de interesses
Ao estabelecer uma aliança com outra empresa, deixe claro que a colaboração precisa atender a suas necessidades e interesses – e vice-versa. Para alcançar objetivos e metas estipulados, trace um plano estratégico baseado na colaboração, definindo o papel de cada um na operação.

Uma das táticas para maximizar a criação de valor é definir o ritmo e o grau de integração entre as empresas. É fundamental ter definição de como os recursos existentes – como área comercial, capacidade intelectual, manufatura, pesquisa e desenvolvimento – podem ser usados no projeto. “Não menos importante é a definição de como funcionará a plataforma para soluções inovadoras, como aplicação de novas tecnologias e 

Inovação nos negócios
Inovar não significa apenas criar algo inédito – pode ser todo e qualquer ajuste feito para melhorar seu sistema de produção, produto ou forma de atender os clientes.

Cada vez mais pequenas e médias empresas estão se unindo para encontrar soluções que otimizem e aperfeiçoem sua rotina operacional. A colaboração visando desenvolver artefatos tecnológicos que viabilizem a realização de tarefas manuais é o que tem sido mais comum após a revolução 4.0.

Esse tipo de união pode ocorrer com negócios dos mais diversos segmentos. Como empresas de pequeno e médio portes nem sempre possuem setores como os de logística, análise de dados e marketing dentro da sua própria estrutura, a celebração de parcerias contribui para o desenvolvimento dessas áreas.


FONTE: Com Informações do Portal Pequenas Empresas & Grandes Negócios